quinta-feira, 29 de novembro de 2012

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No século XVI é lançado o livro o Leviatã do filosofo inglês Tomas Hobbes, o autor no seu escrito defende uma idéia de soberania do Estado constituído, no qual ele coloca que num tempo a-histórico todos os homens viviam em um estado de Natureza, onde o aparelho estatal era desprovido de existência, havia nesse mundo uma sociedade igualitária, a sociedade privada não fazia parte dessa estrutura, não haviam governos, leis, normas e códigos, o individualismo dava lugar ao coletivismo, “tudo era de todos e nada era de ninguém”, a propriedade privada era substituída pela propriedade coletiva, ninguém era dono de nada, porém tudo era de todos. 


Aparentemente seria uma sociedade ideal, perfeita baseada em princípios comunais, todavia Hobbes diz que mesmo nesse estado de natureza não haveria harmonia, pois o homem em sua ganância causariam conflitos, guerras e dissensões pela posse das coisas, haja vista que tudo era de todos e pela posse de algo poderia haver conflitos.

Esse modelo de sociedade ira entrar em decadência quando o homem buscar seus próprios interesses, ai nascera o individualismo,  a sociedade privada e o próprio Estado. 

As pessoas não suportará mais esse Estado de Natureza, no qual seria necessário entregar os seus direitos à alguém, onde a nova sociedade fará um contrato, acordo e um pacto com o grande Leviatã que disporá de toda a sociedade e a partir desse momento todos se submeteriam a vontade do terrível Leviatã, mais esse direito é celebrado em um pacto feito entre a sociedade e o Leviatã. 

A vontade do grande Leviatã será absoluta e ninguém poderá questioná-la pois todos os seus direitos foram entregues a ele. 

Estava nas mãos do poderoso Leviatã o destino e a vida da sociedade e somente pela sua misericórdia e beneplácito o terrível monstro usaria sua bondade a quem lhe aprouvesse. 

Vivemos ainda nesse estado de penúria que essa sociedade vivia. O poderoso Estado, o grande Leviatã, nos oprime fazendo de nós sua presas fáceis.

Nosso direito está entregue ao soberano e carecemos de sua benevolência e misericórdia para sermos dignos de alguma coisa.

O “Estado sou eu” dizia Luiz XIV, monarca francês, mas esse absolutismo desenfreado ainda encontra guarida em nossos dias, fomos colocados como servos indignos de quais quer privilégios. 

A soberania estatal é inviolável, porém o Estado somos nós e carecemos não de misericórdia, mas sim de justiça, dignidade, liberdade e sobre tudo da valorização da pessoa humana enquanto funcionários públicos.

CB Ebnilson
  

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