A REALIDADE DE QUEM CUIDA DA NOSSA SEGURANÇA!!!

       

                                                                               

                                 

                                                  foto: pec-300         

                                                                    

É direito de todos e dever do estado  garantir a segurança da sociedade. Quem cobra policia nas ruas, só tem  visão de policia como instituição que representa a força presente do Estado em todas as ocasiões, as pessoas costumam veem como policia as fardas, as armas e as viaturas, tratam os policiais como  fatores abióticos que tem obrigações de atenderem seus desejos, porque alegam que pagam seus impostos para isso.

Todos sabem muito bem cobrar e exigir do Estado uma policia eficiente, educada e pontual, mas ninguém interessa em saber quem são, como vivem, como são tratados os servidores que compõem essa segurança. Para termos uma policia de qualidade a peça fundamental é a parte humano, que está por baixo de cada uniforme, mas isso parece não ter muita importância para a sociedade. Um detalhe que pode fazer muita diferença na hora de uma ocorrência. Um policial dedicado se esforçar para chegar o mais rápido possível no local da ocorrência, já os insatisfeito...

Os outros profissionais concursados ou não no exercícios de suas funções tem suas garantias constitucionais e seus amparos legais nas leis do trabalho(CLT), como exemplo: temos as empresa do ramo de segurança privada, que oferecem aos seus profissionais além de todos os direitos trabalhista, auxílios jurídicos e a saúde. Caso ocorra qualquer ocorrência nos postos de serviços de seus vigilantes, a empresa garante total apoio com acompanhamento psicológico aos seus funcionários do começo ao fim.

O policial  militar em especial do maranhão, no inicio "é um sonho para entra e depois um sonho para sair" quando conhecem bem de perto a realidade da profissão que abraçaram para viver. O estado dá uma farda,  uma arma e pouco trinamento, depois joga o policial  nas ruas sem oferecer garantias ou amparo necessário para desempenhar suas atividades.

Na prática o policial militar não tem amparo nenhum, trabalhar por conta e risco, só a policia militar (instituição) tem amparo legal, mas esse amparo não se estende ao policial que serve a essa instituição. Uma simples revista a uma  pessoa suspeita pode acarretar em processo indenizatório por constrangimento ilegal e abuso de autoridade. Respondem as broncas relativas aos trabalhos como se tivesse a serviço próprio. Para se defender têm que arcar com dinheiro do próprio bolso ou tirar da boca dos filhos para pagar advogados. O Estado adotou como medidas as sindicância e os IPM's, para apurar com rigor as queixas e denuncias que venham a surgir com os trabalhos dos policiais, uma forma encontrada para se isentar de qualquer responsabilidade e jogar toda culpa nos policiais. Ao assumir seu posto de serviço, inseguro, a mercê da própria sorte, o praça se apegar com Deus e todos os santos do céu e da terra, para sai de folga são e salvo e voltar para casa em paz.

Durante uma ocorrência, se o policial entra em confronto com bandidos e sair ferido, vai parar nos hospitais municipais superlotados, sem assistência nenhuma do Estado, sujeito a morrer jogado nos corredores se os familiares não intervirem. Se sobreviver o policial tem boa parte do salário cortado durante o período em que fica a disposição da junta médica, se ficar invalido aposentará proporcional ao tempo de serviço, além de responder sindicância ou ipm, ficando sujeito a ser punido até com cadeia se for o caso, depois que se recuperar.

Se em confronto algum bandido morrer, além de responder sindicância e ipm, o risco é grande do policial  ir para no banco dos réus, como criminoso comum e com um agravante a mais, o de ser policial militar. Nessas situações sem conta com apoio  jurídico do Estado, o policial para não perder o emprego e a liberdade, é obrigado a se desfazer de tudo que tem para conseguir dinheiro para  bancar sua defesa. As testemunhas de defesa são pouca as que tem coragem de falar, já as de acusação são muitas, além do ministério publico e dos direitos humanos. Os que torcem a favor se resume a penas em alguns familiares, mas os contras começa do próprio Estado que jogar o policial no fogo e depois não se garante,( se o governo não quer correr o risco de desagradar a sociedade com a policia que tem, então não deveria  obrigar o policial a ir para as ruas sacrificar sua vida em nome do Estado) prefere abandonar e entregar sua cabeça de bandeja para ser hostilizado como respostar, para agradar a mídia e a sociedade.

A real situação do policial militar é trabalhar mais de 44 horas semanais acima do que determina o artigo 7º da constituição federal para todos os trabalhadores do Brasil, isso sem direitos ás horas extras, adicional noturno, periculosidade, insalubridade e diárias, sem direito a nunca ficar doente, porque na opinião de alguns comandantes da policia, doença de praças chama-se enrolação para não trabalharem. Por terem grandes descontos nos seus contracheques se forem parar na junta médica, muitos policiais ariscam trabalharem doentes para não comprometerem a renda de suas famílias Se o policial apresentar um atestado médico de 15 dias de afastamento do serviço na jms, os medico da policia  reduzem para 10 ou  até menos dias sem perguntar ao praça o que ele senti.

Portanto meu amigo, se você pensar que vendo viaturas nas ruas vai estar seguro e protegido, achando que o policial na situação em que trabalhar: inseguro de tudo, desmotivado, pressionado, sufocado, nervoso, revoltado, humilhado, frustrado, perturbado, insatisfeito, perseguido, ameaçado, rejeitado, odiado, fadigado, estressado, cansado de enxugar gelo, "cheio de restrições e com pouco respaldo" vai mesmo por a pele dele em risco para salva a sua. Não se iluda! eles fazem a pena o minimo do básico. A policia nas ruas é mais para causar efeito psicológico do que físico. É bom que todos se cuidem para não ficarem no prejuízo.

Levando em conta as exceções, hoje os policiais militares que queiram viver e criar seus filhos serão obrigados a terem a linguá curta, enxergar pouco, ouvir pouco, relevar, deixar passar, ignorar, passar a bola, tira de tempo etc. Ainda serem calmos, cuidadosos, cautelosos, generosos, compreensivos, negociadores, mediadores, salvadores, pacientes, medrosos, mansos, gentis, prudentes, tolerantes, bondosos, sem pressas, simpáticos etc. Esse é o modelo de policia comunitária que estão implantando no Maranhão e no Brasil.

Enquanto a sociedade não valorizar, não colaborar ,não dá a importância devido, não fazerem sua parte achando que o problema é só do Estado, não procurarem soluções, só virarem as costa, não levarem a sério a nossa segurança. Esse vai ser o modelo de policia que vamos dispor por muitas décadas.

 

Fonte: http://julhoparente.blogspot.com/