Grupo de oficiais da PM recorreu ao deputado estadual Altineu Cortes (PR) a fim de que ele seja o porta-voz da crítica feita ao mau uso da Polícia Militar no enfrentamento de manifestantes no Rio.
Como este blog escreveu semana passada, é flagrante o despreparo e a falta de equipamentos adequados para os policiais atuarem no Controle de Distúrbios Civis (CDC), no jargão da caserna.
Em dois documentos enviados ao deputado, os oficiais apontam falhas da PM em dois episódios -- o cerco por manifestantes a Alerj, no dia 17, e na grande manifestação de quinta-feira passada, que deixou os policiais do Choque e do Bope aloprados pelo Centro do Rio.
Um dos documentos assinala oito erros da PM:
1 - Falta política de preservação da vida. Foi empregado grande efetivo para proteger a sede da prefeitura do Rio, na quinta-feira, dia 20. Os policiais receberam ordens para defender o edifício a qualquer custo
2 - Emprego errado da cavalaria. Os cavalos foram expostos ao calor da manifestação. E isso ajudou os provocadores a jogar lenha na fogueira.
3- Faltou policiamento ostensivo nas estações do metrô. Em vez disso, os policiais do Batalhão de Choque atacaram quem buscava as estações fechadas pelo metrô.
4 - Despreparo da tropa frente aos manifestantes. Os policiais aceitam facilmente provocações de manifestantes, batem boca com eles e não se dão ao trabalho de prendê-los por desacato, por exemplo.
5 - Os batalhões da PM sofrem um processo de desmonte. Há quartéis sendo colocados a venda. Isso desmotiva o oficialato.
6 - Hipertofia das unidades especiais da PM, em contraposição à falta de investimento nas unidades comuns.
7 - Banalização do uso do Batalhão de Choque.
8- Inchaço do pessoal em atividades burocráticas, especialmente no Quartel-general da PM. Esses policiais não são colocados nas ruas e, quando acontece, sem treinamento suficiente.
Fonte: PEC 300
não são eles que dão instruções para os praças, e agora falam que a tropa trabalha errado!
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