PM do Pará aumenta seu efetivo em 60% com a nova LOB, e o Maranhão nunca chama os excedentes

Nesta última quarta-feira (15/01), o governo do Estado do Pará sancionou  a LOB(Lei de Organização Básica) da Polícia Militar. A lei já havia sido aprovada pela Assembléia Estadual desde o dia 18/12/3013.

Com a LOB da PM-PA diversas mudanças foram alteradas na Corporação: Entre elas o aumento do efetivo em mais de 60% que ficará fixado em 31.871 policiais militares no Estado do Pará.

Outra mudança significativa foi a substituição dos Destacamentos PM,s para Pelotões. “Com maior efetivo e melhor estrutura. Leia mais aqui(http://www.pm.pa.gov.br/?q=node/222)

Diante do exposto podemos perceber que com a nova LOB na PM do Pará, o governo daquele Estado realmente preocupou-se com sua tropa. Aumentando efetivo em mais da metade. Sua preocupação também foi com os esquecidos DPM,s(Destacamentos da Polícia Militar), que não deve ser muito diferente do Maranhão que as vezes tem só um PM por dia no Plantão por falta justamente de efetivo.
A idéia de transforma os DPM,s em Pelotões é excelentes, pois dessa forma com um efetivo reforçado a PM terá mais homens para debelar principalmente os assaltos a agencias financeiras no interior do Estado, algo muito idêntico todo o país.

Enquanto isso no “Estado Rico” chamado Maranhão, o nosso Estado é o menor efetivo do Brasil. Temos mais de 900 habitantes para um PM, enquanto a ONU(Organização das Nações Unidas) recomenda 300 habitantes para um policial.

Assaltantes fazem a festa no interior do Estado com assaltos às agencias bancarias e caixas eletrônicos. Eles já têm a certeza que saíram vitoriosos, pois apostam sempre no número de policiais militares reduzidíssimo. OS PM,s nessas pequenas cidades são uns verdadeiros heróis.

O governo realizou realmente o maior concurso da história da PM 2000 vagas, porém devido o grande déficit de efetivo que se arrasta a décadas não suprirá as necessidades como um todo.

Digo isso por que há pelos menos os mesmos números de militares que irão para reservar, ou seja, será um concurso não para aumentar o efetivo mais para preencher as lacunas.

Como já disse em pôster anterior, o Estado geralmente realiza concursos num intervalo de tempo muito grande. Por exemplo: Nos últimos concursos(1994, 2001, 2006 e 2012) foram em média 6 anos os intervalos de concurso para PM. Isso acarretou em 18 anos uma carência exorbitantes no efetivo da PMMA.

Foram formadas as turmas dos barras 94, 2001,2002, 2007, 2010 e em formação 2013. Fazendo um calculo aproximado, não temos os dados oficiais ainda, ingressaram na Corporação nesse período de quase duas décadas cerca de 5 mil PM,s. Ao longo desses anos com certeza o número de evasão por invalidez, reformas, reservas e pedidos voluntários foram acredito mais do que o dobro dos que incorporaram na PMMA.

Não há por parte dos governos nenhuma prospecção nesse sentido, em reestruturar o efetivo da PMMA. Uma das sugestões seria pelo menos fazer igual a outros Estado que tem em período de um ou dois anos aberturas de Concurso Público, já que o governo disse que o Estado é rico.

O razoável seria ingresso de pelo menos mais 4 mil policiais militares, nem que se ofertasse a cada ano 1000 vagas. Talvez essa seja uma solução sensata para essa crise eterna de efetivo.

Mais tudo depende de um querer político, caso contrário continuará com um efetivo mais reduzido do país.