Sepultamento de policial assassinado na Choperia Marujo será marcado por protestos contra a insegurança em São Luís

SD Diniz, vítima da violência em São Luís


Do blog do Gilberto Lima

O policial militar Edinaldo Diniz foi assassinado na noite de domingo(20) quando fazia 'bico' como segurança da Choperia Marujo, no aterro do Bacanga. Pelas informações passadas ao blog, Ednaldo vinha sofrendo ameaças de integrantes da facção criminosa denominada de 'Bonde dos 40'.

"O policial já havia sido jurado de morte pela quadrilha bonde dos 40. E já havia comunicado os comandantes mas não foi tomada nenhuma medida. Ele fazia bico de segurança no bar marujo", disse o leitor do blog.

Informações dão conta que os assassinos chegaram em corsa classic branco. Dois homens desceram armados e surpreenderam o policial que estava sentado em uma moto. "O cara não falou nada. Encostou a arma no Ednaldo e atirou", acrescenta o informante do blog.

Depois de executarem o PM, os dois homens trocaram tiros com outros seguranças. O assassino foi atingido e morreu logo à frente. Outro bandido que desceu do carro também foi morto pelos seguranças. Os outros integrantes do bando, fugiram no veículo.

Um dos mortos foi identificado como Marcone Costa Fonseca. O corpo dele está no necrotério do Hospital Djalma Marques, o 'Socorrão I'.

Protesto durante o sepultamento do PM

Policiais, familiares e amigos do PM Ednaldo Diniz confirmam que vão fazer um protesto silencioso durante o sepultamento dele, por volta das 17h desta segunda-feira. O corpo está sendo velado na Igreja[Ministério Apostolico Shalon] no Cohatrac III, onde foi velado o corpo de Manoel Guimarães Neto, aluno do curso de formação da Polícia Civil, executado na última sexta-feira, à noite, quando visitava um amigo. O sepultamento será no cemitério do Turu.

"O protesto será silencioso em respeito ao luto da família do policial. Os policiais levarão cartazes, camisetas pretas e mordaças", diz o leitor do blog.

Fonte: http://gilbertolimajornalista.blogspot.com.br
 






Comentários

  1. FLÁVIO DINO: FALA


    Os trágicos episódios a que assistimos nas últimas semanas no Maranhão chegam a lembrar épocas de total barbárie. Temos uma explosiva combinação: o menor número de policiais por habitante do Brasil, com um governo negligente na aplicação das leis e a ausência de comando em nosso estado, além de obscena desigualdade social. Isso forma um cenário que é campo fértil para organizações criminosas locais e “importadas” de outros estados. O resultado tem sido pais e mães sendo assassinados nas ruas, ou perdendo seus filhos para a violência e as drogas, e rebeliões em penitenciárias com matanças chocantes.

    Na história da humanidade, a anteposição à barbárie é feita justamente pela atuação do Estado, com seus órgãos de prevenção e repressão ao crime. Quando dizemos Estado, falamos em Poder Executivo, Legislativo e Judiciário. No caso deste último, apesar dos seus vários problemas, é uma grave injustiça ignorar o trabalho dos juízes da execução penal tentando evitar a barbárie nas prisões. Os juízes cumpriram seu papel ao editar a Portaria 081/2013, em agosto, determinando ao Governo do Estado que separasse os presos definitivos dos provisórios, como manda a lei. Os magistrados alertaram que “a superpopulação carcerária e a mistura de presos definitivos e provisórios são fatores que fortalecem facções criminosas dentro dos presídios e fomentam graves violações dos direitos humanos, além de gerar tensão, violência entre apenados, fugas, rebeliões e até mortes”. Mais claro, impossível.

    Os juízes fizeram valer, justamente, um dos papéis mais essenciais do Judiciário: o de fiscalizar e servir de contrapeso ao Poder Executivo. A importância dos três Poderes remonta às formulações de Aristóteles e, mais recentemente, ao florescer do liberalismo nos século 17 e 18. Desde então, os iluministas defendem a importância de se dividir os poderes, com o objetivo de conter abusos dos poderosos.

    Os iluministas vinham da experiência de regimes tirânicos e enxergaram a necessidade de criar contrapontos institucionais para deter a sanha de alguns que se julgavam os donos absolutos do poder.

    Séculos depois, após tentar desmoralizar o IDH, instrumento chancelado pela ONU para medição do desenvolvimento de países, o senador Sarney decidiu criticar o Judiciário por uma decisão que NÃO havia tomado, jogando no colo de magistrados mortes ocorridas na Penitenciária de Pedrinhas.

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