Policial Militar na Ilha de São Luís vive dias de Insegurança



Desde os ataques que aconteceram no mês de novembro de 2013, em São Luís, contra os policiais militares que estavam de serviço nos trailers, cujo, resultado foi o assassinato do soldado Francinaldo. Foi que houve uma mudança extremada na postura e comportamento no dia a dia dos policiais militares da Região Metropolitana.

Os atentados serviram para alertas os militares de São Luís, que a Ilha do Amor, tornou-se uma Ilha do pavor, medo e terror.

Grupos armados e formados por criminosos ascenderam e ganharam força e notoriedade após os ataques aos militares e a população. Ela assistiu de camarote os ônibus sendo incendiados. A menina Clara foi monstruosamente queimada dentro do veiculo, dias depois ela não resistiu às queimaduras e morreu. Cenas de horror, pânico e terror tomaram conta do cotidiano da população metropolitana.

As facções criminosas tomaram o folego dos poderes constituídos, se agigantaram e partiram para cima não da Polícia-Estado e sim dos policiais militares que se tornaram presas fáceis para os marginais. Isso por que  basicamente em todos os bairros da Grande Ilha mora um policial militar e por conseguinte sua localização tornou-se fácil, principalmente por que aos longos dos anos, o polícia sempre exibiu-se de forma ostensiva no seu bairro e na sua vizinhança, talvez achando que isso nunca iria acontecer aqui.

Sempre foi comum policial andar fardado, ir ao supermercado, banco, feira, lojas, shoppings e principalmente deslocarem para o serviço fardado nos ônibus coletivos e motocicletas etc. O policial não precisava se esconder e nem tão pouco se farda as escondidas, pois sabia que os bandidos respeitavam e temiam a polícia até então, contudo a partir dos ataques aos policiais e o crescimento das facções que dominam o tráfico de drogas na região metropolitana, os rumos mudaram drasticamente e alterou o comportamento e a postura dos militares na capital maranhense.

O policial militar, Civil e bombeiros vivem os seus dias de cão, mais devido à dinâmica dos serviços e sua atuação na ostensividade, os policiais militares foram as principais vítimas e alvo dos marginais. 

Algo que parecia inimaginável no Maranhão, aconteceu nos últimos dois anos. Sempre acompanhávamos essas noticias nos jornais dos Grandes Centros: Rio de Janeiro e São Paulo, contudo como num passo de mágica as coisas deram um giro de 360 graus e mudou completamente o ritmo dos militares da Grande Ilha.

Com o crescimento das facções criminosas e o esfacelamento das estruturas de Segurança Pública do Estado, o pau caiu em cheio na cabeça dos policiais militares, do soldado mais recruta ao coronel. 

As mudanças deram-se principalmente no campo da segurança pessoal de cada policial, pois os militares viraram presas fáceis e vulneráveis pelos motivos elencados acima. 

Sempre houve uma resistência por parte dos Comandantes anteriores da Corporação em facilitar o uso das armas da Instituição para os PM,s. Até então, policial vivia desarmado por vários motivos: Armamentos caros e burocracia para se adquirir uma arma. A PMMA não cautelava armamento para os seus integrantes, diga-se de passagem as praças, alegando diversas situações, porém com a morte de policiais e os ataques iminentes aos militares, não restou outra opção e o ex-Comandante da Polícia Militar autorizou através de portaria a cautela de armamento e coletes aos policiais militares. 

Lembro-me, que as cautelas das armas me fez recordar a peregrinação dos árabes a Meca, pois foi um deus nos acuda para cautela de uma arma e colete, por fim a grande maioria dos PM,s estavam com suas  armar em posse, infelizmente essa postura aconteceu em detrimento do sacrifico do soldado Francinaldo.

Policial militar em São Luís basicamente saiu do cenário da ostensividade na Ilha de São Luís, hoje em dia o militar tem que se esconder para não morrer, andar fardado tornou-se um suicídio, a vida do policial e de sua família correm hoje perigos iminentes.

Parece até irônico, mas é a pura realidade que os militares viraram caças e suas cabeças tornaram-se prêmios "valiosos", pois no comércio criminoso assassinar um PM custa a bagatela de 5 mil reais.

A desestruturação do Estado e, por conseguinte do Sistema de Segurança, fizeram com que os seus agentes fossem acintosamente metralhado pelo crime organizado na Ilha de São Luís. Um dos últimos exemplos foi às mortes dos policiais no último sábado. 

Raramente observa-se policiais militares fardados nas ruas de São Luís, nos ônibus ou em locais públicos, não foi o medo ou a covardia e sim a precaução de possíveis ataques, pois a farda virou um alvo fácil e principalmente quando se está sozinho. 

Viu-se que os Modus operandi  dos marginais mudaram, eles dificilmente combatem os policias em serviço, mais eles estão buscando os militares principalmente em suas casas, folgas, em bares, festas etc. Por que como já dissemos, o policial sempre demarcou território onde mora, hoje, ficou extremamente ariscado se identificado como policial, muitos PM,s tem mudado de residência por conta dessa situação.

Há alguns que ainda insistem em manter as velhas posturas, vejo constantemente policiais nas ruas fardados em paradas de ônibus e o mais grave, desarmados.

Para finalizarmos, as coisas mudaram drasticamente aqui na Região Metropolitana de São Luís, acredito que ser policial militar em São Luís virou algo extremamente perigoso e infelizmente essa é nossa dura e triste realidade. 

Precisamos com urgência de uma política de segurança para os policias militares, talvez a criação de uma vila própria para os militares seriam uma opção emergencial e urgente, pois assim estaria tirando esses PM,s de locais de risco, essa seria o primeiro passo, para dar um pouco de dignidade e segurança para o militar e sua família

Sgt Ebnilson 

Comentários

  1. Infelizmente a morte do Soldado PM Francinaldo não serviu de exemplo para os Cmtes do interior, pois ainda está ficando um PM nos trailers, principalmente no 2º BPM, que constantemente se ver apenas um PM nesses locais, além de escalarem PMs desarmados no portão da frente do batalhão, um total absurdo.

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  2. Infelizmente para quem é da CC/AjG é quase que impossivel cautelar uma pistola a não ser para tirar o serviço e devolver o mais rápido possivel, falam pelo QCG que o ajudante geral não autoriza a cautela permanente, motivo??????

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