terça-feira, 23 de dezembro de 2014
SGT Prisca, mais uma vítima da violência em São Luís 

O ano de 2014, tornou-se um dos mais sangrentos e violentos para Polícia Militar em toda sua história  em 178 anos.

O assassinato de PM está intimamente ligado ao esfacelamento do Sistema Penitenciário e de Segurança Pública, que desmoronou nos últimos anos. Prova disso é o crescimento de facções criminosas que articulam atentados e desafiam o poder constituído no Estado.

Somente em 2014, já foram assassinados dezesseis (16) policiais militares, faltando pouco menos de uma semana para findar o ano.

No ano passado (2013), tivemos 13 policias assassinados por morte violenta nas mais diversas circunstâncias.

Fazendo um comparativo dos anos em epigrafes, observamos que houve um aumento de 18,48% de assassinatos de policiais militares no ano de 2014 com relação a 2013.

Na Região Metropolitana de São Luís o número foi assustador e representa um percentual de 81,25% dos assassinatos em todo o Estado, isso significa dizer, por exemplo, que o total de mortes em 2013 de PM,s é o mesmo da Região Metropolitana neste ano com 13 execuções.

O mês de novembro tornou-se o mais violento com 4 assassinatos de policiais militares.

Os dados foram apresentados para que possamos compreender que a Ilha de São Luís virou um campo minado para os Policiais Militares.

O cenário requer muita cautela, prudência e sobre tudo um atenção redobrada em todos os sentidos para quem mora na Grande Ilha.


Abaixo as tabelas das estatísticas dos anos de 2014 e 2013.



Estatística de assassinato de policiais militares 2014


Cargo/função
Nome
Instituição
Cidade
Data do crime
1
Sargento
José Ribamar Prisca da Silva
PMMA
S.José de Ribamar
22/12
2
Sargento
Carlos Magno
PMMA
S.Luís
07/12
3
Aspirantes
Sebastião Luís Rocha Neto
PMMA
S.Luís
07/12
4
Sd
John David Chapuí Araújo
PMMA
Paço do Lumiar
22/11/
5
Sd
José David Sousa Silva
PMMA
Paço do Lumiar
22/11
6
Cb
Batista
PMMA
Balsas
19/11
7
Soldado
Dos Santos
PMMA
S.Luís
01/11
8
Soldado
Fredson
PMMA
S.José de Ribamar
16/10
9
Soldado
Clenildo
PMMA
S.Luís
14/09
10
Sub-tenente
Garcês
PMMA
Paço do Lumiar
26/08
11
Sargento
Lima Filho
PMMA
S.Luís
06/07
12
Sargento
Francinaldo C. Ribeiro Santos
PMMA
S.Luís
02/04
13
Cb
Lobo
PMMA
S.Luís
05/04
14
Soldado
Idelfonso
PMMA
Imperatriz
12/04
15
Soldado
Alexandre Sales Cunha
PMMA
Caxias
08/01
16
Sargento
Antônio César Serejo
PMMA
S.Luís
03/01/14
Fonte: Blog do Ebnilson 

Estatística de assassinato de policiais militares 2013


Cargo/função
Nome
Instituição
Cidade
Data do crime
1
SGT
Carlos Magno Pereira
PMMA
S.Luís
22/12
2
SD
Clerton
PMMA
S.Luís
14/11
3
Sd
Francinaldo
PMMA
S.Luís
10/11
4
SD
Joeberth Barros Damasceno
PMMA
Paço do Lumiar
22/10
5
SD
Ednaldo Bastos Diniz
PMMA
S.Luís
21/10
6
CB

Lêonidas Rabelo Silva
PMMA
S.Luís
08/10
7
Cb
Osvaldo Viana Vale Filho
PMMA
Vitorino Freire
04/10
8
Reformado
Acrísio da Paixão Caldas
PMMA
S.Luís
15/09
9
SD reformado
Maurio Azze Lacerda
PMMA
Imperatriz
02/07
10
SD
Gilson Furtado
PMMA
S.J.RIBAMAR
09/06
11
Cb
Manoel Domingos Moreira
PMMA
Timbiras
04/06
12
SGT
Gilmar Pestana Cruz de Azevedo
PMMA
São José de Ribamar
15/01
13
SD
Condismom Pereira da Silva
PMMA
Balsas
03/01
Fonte: Blog do Ebnilson 

 

2 comentários:

  1. “Uma semana vai fazer sem nosso PM Dos Santos. Hoje ajudo a carregar meus companheiros. Amanhã eles me carregarão também”. (Sargento Sá, assassinado ainda este mês)
    “... Recentemente, ele, (o Sgt Prisca) com sua equipe do serviço velado, prendeu três membros da facção Bonde dos 40 – sendo duas mulheres – na cidade balneária. Os conduzidos estariam promovendo o terror na localidade, tendo ordenado até o fechamento de uma creche”.
    Para a bandidagem, o assunto é pessoal, ambos os Sargentos (Sá e Prisca) compunham uma eficiente equipe que incomodava o crime com suas ações. Se as nossas leis são brandas e permitem que Delegados e Magistrados mantenham em liberdade indivíduos nocivos à sociedade, Policiais Civis (da equipe de captura) e Militares COMPROMETIDOS COM SUA NOBRE MISSÃO, procuram manter encarcerados ou sob vigilância aqueles que teimam em afrontar as leis.
    Eis a razão da GUERRA DECLARADA do crime organizado em nosso país. Os Policiais hoje, são caçados NA PORTA DE SUAS CASAS! Vivem num beco sem saída: por um lado não podem fazer VISTAS GROSSAS ao Crime, pois têm o DEVER DE AGIR em prol da sociedade. Por outro, nossas leis não garantem por um tempo minimamente razoável, o resultado de seus esforços em manter presos, aqueles que com o risco da própria vida, são entregues às autoridades. Muitos saem no mesmo dia em que são apresentados às Delegacias, agraciados por dispositivos legais liberalizantes.
    No Brasil, A REGRA É A LIBERDADE, pois TÁ NA HORA DE REVERMOS ISTO; PARA O BEM DE TODOS NÓS.
    “Quantos policiais ainda vão ter que morrer para que a sociedade e o poder tome conta que nós somos país de família, somos policiais que trabalhamos em prol da sociedade, mesmo com o risco da própria vida (…)” (Sgt Sá)

    Urge levantarmos a bandeira da MUDANÇA DAS LEIS PENAL; PROCESSUAL PENAL E DAS EXECUÇÕES PENAIS. ABAIXO OS INDULTOS; ABAIXO AS REGRAS LIBERALIZANTES PARA CRIMINOSOS CONTUMAZES (ELAS DEVEM SERVIR A RÉUS PRIMÁRIOS); ABAIXO O ENGESSAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL NOS CRIMES DE FLAGRANTE DELITO (BANDIDO PRESO EM FLAGRANTE DEVE FICAR PRESO ATÉ A CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL) quando o Juiz poderá manter a prisão (de flagrante para preventiva) ou liberá-lo, caso seja réu primário.

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  2. Essa notícia é emblemática: http://vinicius94.jusbrasil.com.br/noticias/112332270/oab-devera-cobrar-do-maranhao-indenizacao-a-familias-de-mortos?ref=topic_feed E merece discussão nesse importante blog. Sugiro que a transcreva.
    A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Maranhão deverá ingressar com uma ação civil pública para que o Estado indenize as famílias de detentos mortos nas prisões maranhenses.
    Enquanto a Ação se referir a criminosos mortos NO INTERIOR do presídio, (onde deveriam existir condições de segurança, inclusive para mantê-los presos sem opções de fuga), nada mais justo. Certo está o Dr. Rafael Custódio: para quem, “... a Constituição determina que a tutela do preso é responsabilidade do Estado. Se ele é morto no presídio, diz ele, isso significa que o Estado falhou, o que daria aos familiares o direito à indenização”.
    Agora, pretender que a Ação deva estender-se a compensação às famílias de pessoas mortas ou feridas fora das cadeias na atual crise de segurança no Estado como advoga o presidente da OAB-MA, Mário Macieira, é NAVEGAR NA MAIONESE; É PERDER O SENSO DO QUE É JUSTO.
    “... organizações que monitoram o sistema carcerário local dizem que os crimes jamais foram investigados. Depoimentos de presos às entidades sugerem que as forças maranhenses foram responsáveis por parte das mortes, algumas das quais teriam ocorrido numa rebelião em 9 de outubro, quando dez presos foram mortos por armas de fogo. Elas cobram a Procuradoria Geral da República a federalizar a investigação dos crimes no complexo penitenciário.”
    Quem são essas “organizações”? É preciso que se federalize a investigação do real papel e aplicação de recursos dessas ONGs (algumas delas, verdadeiras organizações criminosas) e o que é pior: institucionalizadas; pagas com o dinheiro público. É O FIM DA PICADA.
    A FÉ PÚBLICA é posta em dúvida por essas “organizações”, que não fazem outra coisa a não ser DEFENDER BANDIDOS acintosamente, desdenhando das instituições democráticas; dos poderes soberanamente constituídos.
    Em nota (OFICIAL) à BBC Brasil, o governo do Maranhão diz que "a Secretaria de Direitos Humanos, Assistência Social e Cidadania (Sedihc) está acompanhando essa situação" (indenização às famílias). O governo afirma ainda que a Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap) mantém um NÚCLEO DE ASSISTÊNCIA PSICOSSOCIAL para as famílias de presos.
    Enquanto isso em todo o Estado do Maranhão, para atender ao efetivo policial e seus familiares, há apenas 01 (uma) Oficial Psicóloga; é isso mesmo que vocês ouviram, 01 (uma) única Psicóloga para fazer de conta que existe atendimento Psicológico aos guardiães da lei e a seus familiares. Na prática, NÃO EXISTE, POR ABSOLUTA IMPOSSIBILIDADE OPERACIONAL, acompanhamento profissional aos policiais vitimados pelo estresse; depressão; síndromes do pânico e outras insanidades provenientes das difíceis circunstâncias da profissão. Muito menos às famílias de policiais assassinados o Estado oferece quaisquer suporte.
    A conclusão que se chega é que POLÍCIA é profissão para loucos desassistidos; ou sonhadores assoberbados pela utopia de tornar o mundo melhor. O SISTEMA OS ABANDONOU como os Estados Unidos abandonaram seus soldados no Vietnã, e muitos deles ainda não perceberam isso.
    É O FIM!!! Parafraseando Cazuza:
    NOSSOS HERÓIS ESTÃO MORRENDO DE OVERDOSE; MAS DE UMA OVERDOSE DE HEROÍSMO SOLITÁRIO.

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