domingo, 21 de outubro de 2012



ESTADO DO MARANHÃO
Associação dos Policiais e Bombeiros Militares do Maranhão
APBMMA - PM/BM


   
    São Luis-MA, 17 de outubro de 2012  



            Hoje me reporto aos senhores, com um grande sentimento de tristeza e decepção, tristeza por ver a vida dos nossos companheiros policiais militares e civis do Estado de São Paulo ceifadas, diuturnamente, como gado no abatedouro, e decepção pela atitude covarde e omissa do Secretário de Segurança Pública daquele Estado, que ora nega a existência das organizações, ora nega os próprios ataques orquestrados por organizações criminosas, seguido por grande parte dos oficiais que formam a cúpula da PMSP, que insistem em negar cinicamente, a declaração de guerra imposta pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) contra os profissionais da segurança publica do Estado de São Paulo.  

              Os números demonstram claramente o estado de guerra que se instalou, negado pela cúpula do governo, escutas telefônicas que registraram conversas entre presos paulistas mostraram que as forças de segurança sabiam de um ataque que seria cometido em Araraquara. A conversa, aparentemente informal, terminou no assassinato do sargento Adriano Simões, a Promotoria Criminal de Ribeirão Preto, recebeu informações de que as determinações de atentados contra policiais militares partiram de dentro de presídios, por integrantes do PCC, basta uma simples análise para que o mais leigo dos leigos possa tirar essa conclusão.
              Crise como esta não é novidade para o Estado em pauta, tendo em vista que em 2006, teve
Inicio na noite de 12 de maio, a maior onda de violência contra forças de segurança e alguns alvos civis que se tem notícia na história do Brasil, com origem no estado de São Paulo. No dia 14, o ataque já havia se espalhado por outros estados do Brasil, como Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Bahia (este último sem ligação direta com o PCC).
              A demora na resposta, a falta de comunicação entre as forças policias, a falta de informações por parte do governo e a ingerência da crise, são fatores que agravam ainda mais o quadro de mortandade em que se encontram os policiais paulistanos, abrindo um enorme precedente para que se instaure a anarquia em outros Estados.
             O resultado deste triste episódio neste ano, até a noite de ontem, 81 policiais militares haviam sido assassinados - 67 deles da ativa, 04 agentes da polícia civil, 17 agentes penitenciários ou de escolta e 110 tentativas de homicídio. A situação é tão crítica que chegou ao absurdo de policiais serem escoltados por policiais. Ameaçados de morte e indicados como potenciais vítimas, cinco policiais militares de Araraquara estão sendo escoltados pelos colegas, com temor de um novo ataque criminoso. Para um deles, haveria até recompensa em dinheiro.
              O “direitos humanos”, que, diga-se de passagem, só atua em defesa dos direitos de criminosos, não se pronuncia, o governador de São Paulo nega o conflito, o secretário de segurança (como bom pau-mandado) segue a orientação do governador,  os coronéis da PMSP, como sempre, temendo represálias fecham os olhos para preservarem suas funções remuneradas, o Conselho Nacional de Comandantes Gerais observam tal massacre com total indiferença, ficando na linha de fogo aqueles mais fracos em que o poder de decisão está longe do seu alcance.
              O único que ainda levanta sua parca voz é o Dep. Major Olímpio Gomes, líder do PDT, na ALESP, sozinho e aparentemente isolado ainda clama pela reação dos poderes constituídos contra aquilo que denominamos poder paralelo.
              O desespero já começa demonstrar, ainda que timidamente uma reação advinda do seio da tropa, o instinto de sobrevivência está instituindo o princípio da vingança privada, ou seja, olho por olho, dente por dente e é exatamente o que os hipócritas do poder executivo querem para tirar a culpa dos seus ombros e execrar os policiais que se utilizam do pouco que tem em sua defesa.
               Não é uma lenda urbana, os ataques sofridos por policiais, como quer fazer parecer o ceticismo do governador Geraldo Alckmin, este deveria sim, sair do discurso de que os presos do sistema prisional paulista, estão absolutamente contidos e resignados ao cumprimento da pena e se posicionar admitindo a existência do fato, conclamar os órgãos da justiça e segurança pública e instrumentalizar a polícia para um efetivo combate.
              Em nível nacional, a muito existe o clamor social para o endurecimento do sistema punitivo, já é tempo de mudarmos nossas leis, diminuindo as benécias dos apenados, tornar crime hediondo, com o aumento da pena aos agressores de agentes da justiça e segurança pública, com o início do cumprimento da pena em regime fechado, com o mínimo de 2/3 da pena para requerer o direito a livramento condicional (se preencher os requisitos), sem direito a indulto, graça ou qualquer benefício.

            O que nos resta, é no solidarizarmos com as famílias que tem seus entes violentamente arrebatados pelo crime, com os filhos que se tornam órfãos e as esposas que perdem seus companheiros por força do poder criminoso das organizações que “não existem” para as autoridades paulistas.
Como dizia um policial em uma determinada entrevista... “A única proteção que nos resta, é a divina”.

Então, que Deus os proteja, meus irmãos.




Juarez de Morais Aquino Junior – 2º Sgt/PM
Vice-Presidente e Diretor Jurídico da APBMMA



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ESTADO DO MARANHÃO
Associação dos Policiais e Bombeiros Militares do Maranhão
APBMMA - PM/BM


   
    São Luis-MA, 17 de outubro de 2012  



            Hoje me reporto aos senhores, com um grande sentimento de tristeza e decepção, tristeza por ver a vida dos nossos companheiros policiais militares e civis do Estado de São Paulo ceifadas, diuturnamente, como gado no abatedouro, e decepção pela atitude covarde e omissa do Secretário de Segurança Pública daquele Estado, que ora nega a existência das organizações, ora nega os próprios ataques orquestrados por organizações criminosas, seguido por grande parte dos oficiais que formam a cúpula da PMSP, que insistem em negar cinicamente, a declaração de guerra imposta pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) contra os profissionais da segurança publica do Estado de São Paulo.  
              Os números demonstram claramente o estado de guerra que se instalou, negado pela cúpula do governo, escutas telefônicas que registraram conversas entre presos paulistas mostraram que as forças de segurança sabiam de um ataque que seria cometido em Araraquara. A conversa, aparentemente informal, terminou no assassinato do sargento Adriano Simões, a Promotoria Criminal de Ribeirão Preto, recebeu informações de que as determinações de atentados contra policiais militares partiram de dentro de presídios, por integrantes do PCC, basta uma simples análise para que o mais leigo dos leigos possa tirar essa conclusão.
              Crise como esta não é novidade para o Estado em pauta, tendo em vista que em 2006, teve
Inicio na noite de 12 de maio, a maior onda de violência contra forças de segurança e alguns alvos civis que se tem notícia na história do Brasil, com origem no estado de São Paulo. No dia 14, o ataque já havia se espalhado por outros estados do Brasil, como Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Bahia (este último sem ligação direta com o PCC).
              A demora na resposta, a falta de comunicação entre as forças policias, a falta de informações por parte do governo e a ingerência da crise, são fatores que agravam ainda mais o quadro de mortandade em que se encontram os policiais paulistanos, abrindo um enorme precedente para que se instaure a anarquia em outros Estados.
             O resultado deste triste episódio neste ano, até a noite de ontem, 81 policiais militares haviam sido assassinados - 67 deles da ativa, 04 agentes da polícia civil, 17 agentes penitenciários ou de escolta e 110 tentativas de homicídio. A situação é tão crítica que chegou ao absurdo de policiais serem escoltados por policiais. Ameaçados de morte e indicados como potenciais vítimas, cinco policiais militares de Araraquara estão sendo escoltados pelos colegas, com temor de um novo ataque criminoso. Para um deles, haveria até recompensa em dinheiro.
              O “direitos humanos”, que, diga-se de passagem, só atua em defesa dos direitos de criminosos, não se pronuncia, o governador de São Paulo nega o conflito, o secretário de segurança (como bom pau-mandado) segue a orientação do governador,  os coronéis da PMSP, como sempre, temendo represálias fecham os olhos para preservarem suas funções remuneradas, o Conselho Nacional de Comandantes Gerais observam tal massacre com total indiferença, ficando na linha de fogo aqueles mais fracos em que o poder de decisão está longe do seu alcance.
              O único que ainda levanta sua parca voz é o Dep. Major Olímpio Gomes, líder do PDT, na ALESP, sozinho e aparentemente isolado ainda clama pela reação dos poderes constituídos contra aquilo que denominamos poder paralelo.
              O desespero já começa demonstrar, ainda que timidamente uma reação advinda do seio da tropa, o instinto de sobrevivência está instituindo o princípio da vingança privada, ou seja, olho por olho, dente por dente e é exatamente o que os hipócritas do poder executivo querem para tirar a culpa dos seus ombros e execrar os policiais que se utilizam do pouco que tem em sua defesa.
               Não é uma lenda urbana, os ataques sofridos por policiais, como quer fazer parecer o ceticismo do governador Geraldo Alckmin, este deveria sim, sair do discurso de que os presos do sistema prisional paulista, estão absolutamente contidos e resignados ao cumprimento da pena e se posicionar admitindo a existência do fato, conclamar os órgãos da justiça e segurança pública e instrumentalizar a polícia para um efetivo combate.
              Em nível nacional, a muito existe o clamor social para o endurecimento do sistema punitivo, já é tempo de mudarmos nossas leis, diminuindo as benécias dos apenados, tornar crime hediondo, com o aumento da pena aos agressores de agentes da justiça e segurança pública, com o início do cumprimento da pena em regime fechado, com o mínimo de 2/3 da pena para requerer o direito a livramento condicional (se preencher os requisitos), sem direito a indulto, graça ou qualquer benefício.

            O que nos resta, é no solidarizarmos com as famílias que tem seus entes violentamente arrebatados pelo crime, com os filhos que se tornam órfãos e as esposas que perdem seus companheiros por força do poder criminoso das organizações que “não existem” para as autoridades paulistas.
Como dizia um policial em uma determinada entrevista... “A única proteção que nos resta, é a divina”.

Então, que Deus os proteja, meus irmãos.




Juarez de Morais Aquino Junior – 2º Sgt/PM
Vice-Presidente e Diretor Jurídico da APBMMA



6 comentários:

  1. se fosse uma onda de ataques aos profissionais de jornalismo ja teriamos até a força nacional agindo, mais como é contra os profissionais da segurança todo mundo se omiti

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  2. O cmdo da PM nega tal informação porque quem está morrendo é o praça.se fosse do ciclo des of.a atitude era outra.of.não tira serviço em rua.estão deixando os praças serem atacados como boi de piranha,pro restante sobreviver.praça é só numero nada mais para alto escalão das PMs do Brasil

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  3. Verdade companheiro, tem uns caras ai tão no Brasil não de q país. apurar morte de jornalistas; q demagogia, no Estado de São Paulo nossos amigos de farda tão morrendo todos os dias. E de maneira trágica e covarde e ninguém faz nada, queria ver-se fosse: JORNALISTAS, JUÍZES, PROMOTORES, e etc o q eles GOVERNO iriam fazer a vida de um policial não só em SP, mais em todo Brasil não valor, é triste mais é verdade, até guando vai ser assim??????????????????

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  4. Verdade companheiro, tem uns caras ai tão no Brasil não de q país. apurar morte de jornalistas; q demagogia, no Estado de São Paulo nossos amigos de farda tão morrendo todos os dias. E de maneira trágica e covarde e ninguém faz nada, queria ver-se fosse: JORNALISTAS, JUÍZES, PROMOTORES, e etc o q eles GOVERNO iriam fazer a vida de um policial não só em SP, mais em todo Brasil não valor, é triste mais é verdade, até guando vai ser assim??????????????????

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  5. Verdade companheiro, tem uns caras ai tão no Brasil não de q país. apurar morte de jornalistas; q demagogia, no Estado de São Paulo nossos amigos de farda tão morrendo todos os dias. E de maneira trágica e covarde e ninguém faz nada, queria ver-se fosse: JORNALISTAS, JUÍZES, PROMOTORES, e etc o q eles GOVERNO iriam fazer a vida de um policial não só em SP, mais em todo Brasil não valor, é triste mais é verdade, até guando vai ser assim??????????????????

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  6. Eaai blz??voltei,vir visita denovo,como eu gosto de comentar vamos la...Li esse post umas 4,5 vez,o blog é bom demais,precisar nem falar nada,alguns amigos me recomendaram,Dizem que existe Rastreador de celular. Achei este link http://www.rastreador1.com/rastreador_de_celular_rastreador_gps_autotracker.php na net e gostaria de saber se alguém pode me dar referência?como criar um blog

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