domingo, 8 de junho de 2014


O governo do Maranhão a pelo menos 178 anos, volta seus olhares para a Polícia Militar como um órgão programado e criado para ser o aparelho repressor do Estado, uma máquina de guerra urbana pronta para debelar a criminalidade com o policiamento preventivo e ostensivo em todo território estadual.

Nos últimos 10 anos o governo tem investido na aquisição de viaturas, equipamentos e muito raro em armamento. Ao longo desses anos não se planejou a Segurança Pública e muito menos o investimento no pessoal.

O que se fez foram parcas contratações levando em média 6 anos para cada abertura de concurso público para Polícia Militar. Por exemplo: 2000, 2006 e 2012.

O Estado tem o menor efetivo por quilometro quadro do país, em média um policial para quase 1000 habitantes. Os altos índices de violência têm feito do Maranhão um dos mais violentos no Brasil, embora uma pesquisa recente coloca o Maranhão em um dos menos violentos, mais quando se fala da capital S.Luís os índices são astronômicos.

A Segurança Pública vai de mal a pior, o crime organizado invadiu o Estado, facções criminosas tocaram o terror, ai da população se não fosse a Polícia Militar que aos trancos e barrancos não deixou a terra dos Sarneys  virarem um  faroeste americano.

O tráfico de drogas tem dominado e movimentado milhões, vidas perdidas em função do tráfico, mortes de policiais aconteceram de forma orquestradas e deliberadas pelo crime organizado. Sistema Penitenciário falido e as estruturas carcerárias as piores possíveis.

Os policiais militares têm feito das tripas coração para tentar minimizar o caos instalado. Todavia, a recíproca não está sendo respondida pelo governo.

Militares tem dado sangue nesse Estado para coibir e combater a violência, porém esses valorosos homens tem sofrido o pão que o diabo amassou em detrimento da boa ordem da sociedade maranhense.

O governo costuma olhar para os militares como meros objetos de repressão, que está a seu inteiro dispor. Pelo fato dos militares não poderem fazer greve e sindicalizar-se, os governo do Maranhão tem montado em cima dessa situação, achando ele que pela situação de estarem sob a égide dos regulamentos draconianos estão desprovidos de vontade própria.

Criou-se o costume de se investir somente nas maquinas, enquanto o homem que deveria ser valorizado é colocado de lado, isso tem causados sequelas na tropa.

Assistimos nos últimos anos os militares se revoltarem, principalmente as praças que tem questionado as estruturas institucionalizadas e hereditárias da opressão comandada pela hierarquia militar.

As revoltas foram transformadas em greves (2011 e 2014), no qual pela primeira vez na história em mais de 170 anos os militares estaduais demonstraram suas indignações contra a política governista.  

Quando se volta os olhares para as instituições militares, o que se observa é um festival de sucateamento ao longo das décadas.

Estruturas físicas que parecem mais escombros do que uma unidade militar. Basta dar uma volta nas Unidades Militares para se verificar o caos e a falta de investimento do governo a décadas.

Da falta de papel a uma reforma das instalações. A carência de tudo é tão gritante que há um regramento e controle de quase tudo. Há alojamentos e banheiros em Unidade Militares se não fosse os esforços e dedicações dos comandantes e dos próprios militares a situação era deplorável, pois como se dizem, eles se viram nos 30.

Quando falamos nos DPM,s(Destacamentos Policiais Militares), a situação é deplorável, não do ponto de vista das instalações que como dissemos, os próprios PM,s dão o seu velho jeitinho brasileiro para terem um mínimo de conforto. Mais sim a dependência financeira que deveria ser do Estado fica a cargo das prefeituras, que por sua vez, banca alimentação, alugueis dos prédios onde ficam os DPM,s, combustíveis e as vezes até uma ajuda financeiras para os militares. Isso é corrente em todo o Estado.

Todavia, essa ajuda é uma faca de dois gumes, pois os PM,s ficam presos em sua grande maioria nos caprichos e dependências do poder municipal, ou seja, quem rege a política de segurança pública municipal é a prefeitura. Como assim? É simples o entendimento. Para os amigos a Lei, para os inimigos os rigores da Lei, é o toma lá dá cá.

Como diz o adágio popular, em terra de sapo, cócoras como ele. É uma triste realidade, pois a PM fica totalmente dependente em tudo do poder municipal, sua liberdade é de acordo com a conveniência do poder municipal e segue-se as vezes os ditames do poder político local. Isso é uma triste e dura realidade. 

Quando os policias fazem o seu papel institucional e isso vai contra os interesses do poder municipal, pode-se esperar a guilhotina no pescoço, a não ser quando o seu prefeito é de oposição ao governo, aí tudo funciona.

A ausência do Estado tem deixado margem para essas peripécias municipais. A falta de investimento nas Unidades militares tem deixado os policiais ao bel prazer das prefeituras que sempre tiram sua casquinha da situação.

Não se tem uma política de Segurança Pública, não há um Plano de governo voltado para a Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. O governo não faz investimento nas estrutura físicas e nas instalações das Unidades Militares.

Não se vê emendas parlamentares dos nobres deputados Federais e estaduais destinados para a Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, poucos ou quase nem um parlamentar tem destinados emendas para esse setor tão importante. Para não sermos injustos, houveram alguns parlamentares federais que destinaram emendas para as Corporações Militares: Deputados Lourival Mendes, USC(Unidade de Segurança Pública) da Divineia e ainda para ser instalada mais duas; Sétimo Aquino, na construção do Grupamento de Incêndio dos Bombeiros em Timon; Alberto Filho, emenda para a criação dos Bombeiros em Bacabal.

Quando se verifica nos deputados estaduais, não há pelo menos nos últimos 20 anos, como falou o ex-secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, uma emenda parlamentar estadual para a Segurança Pública.

Para fazermos justiça, talvez o ex-secretário não saiba, todavia o único parlamentar estadual que propôs emenda parlamentar foi o Deputado Zé Carlos, que na época colocou em sua emenda cerca de 70 milhões. 

Isso aconteceu em dezembro de 2011, logo após a greve. Isso quase ficou esquecido mais o blog tem memória boa e jamais esquecemos aquilo que é pertinente a nossa categoria. Todavia, como Zé Carlos, foi um dos apoiadores da Greve, seu projeto foi recusado. Isso não ouvi dizer, estava na Assembléia e acompanhei a votação, no qual os parlamentares do governo votaram contra a proposta do parlamentar. Fora ele, outros não o fizeram.

Quando se fala numa política de valorização salarial, aí que a coisa é gritante. Governo pouco se importar com a categoria. Duas greves não foram suficiente para conseguirmos nossas demandas salariais. Sempre trilhamos como bezerro desmamado, sem pai e sem mãe que pudessem olhar com carinho para as Corporações Militares do Maranhão.

Infelizmente, essa triste realidade se perpetuará por muitos e muitos anos se não tomarmos uma atitude em nossas escolhas nas eleições estaduais deste ano. Há urgência de termos um representante no Parlamento, não há outro caminho, se não colocarmos o nosso que tenha sangue nas veias, que tenha luta e sobre tudo que pensa na coletividade e não e seus interesses pessoais.

Não há mais tempo para estarmos perdendo com picuinhas e ciúmes tolos quem fez ou deixou de fazer. O caminho é o da coalizão, a última reunião que participaram as lideranças militares, notou-se que o sentimento e o desejo da representação política é urgente. Agora se ficarmos como papagaio de pirata sempre reproduzido os mesmos discursos, vamos ficarmos marcando passo e sempre sentado em berço esplendido.

A hora é essa, o nosso tempo é esse. Ou elegermos nosso parlamentar ou ficaremos reclamando da sorte por mais 4 anos. Apesar que tem algumas resistências quando a questão é política. Contudo, digo a esses, não a outro caminho que não seja a representação política na Assembléia Legislativa. Se existir outra formula por favor me avise.

Temos que deixarmos nossas indiferenças e questões pessoas para vencermos essa batalha. Aí muitos podem dizer, mais tem muitos candidatos. Sim, realmente é verdade, mais estamos conversando e com certeza se chegará a um entendimento coletivo e o bom senso prevalecerá.

Chamamos atenção de todos para que você seja um guerreiro aguerrido nesse projeto, não olhe para o individualismos, vejam aqueles que realmente estão comprometidos com a causa e que pense no coletivo e não nos seus interesses pessoais e individuais.

A tropa não é boba e nem inocente saberá discernir o trigo do joio, não tenho dúvida disso.

Reflitam e pensem, quem tem ouvido ouça.






9 comentários:

  1. blá blá blá, acha mesmo que a rosa, o secretário ou algum membro do governo vai ler e solidarlizar-se com essas palavras?

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    1. Se vai ler não sei, o importante é os que gostam da segurança pública possam ler como vc. Isso ja basta.

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  2. PMMA, VCS PRECISAM CONHECER O INTERIOR DO MA.

    FALTA DE TUDO, TEM CIDADE Q NEM BANHEIRO N TEM.

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  3. Seria muito bom propor um plebiscito entre os candidatos militares, isso seria mais vantajoso para todos.

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  4. 01 ou 02 candidatos que nos representem de nada vai adiantar, nós temos exemplos de dep federais e estaduais que há anos nem conseguem aprovar a PEC 300, se nós não tivermos a maioria absoluta isso é mais um sonho, até conseguirmos ter essa maioria vai ser quase impossível, não acham

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  5. Sem maioria no Congresso e Assembleias legislativas dos Estados, 02 ou 03 dep fed ou dep est nada poderão fazer em prol da segurança pública...

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  6. O que seria muito bom era no dia 12 atacarmos a assembleia legislativa com cockteis molotov, tornar tudo um inferno de modo que os governantes parem de pensar em si e comecem a pensar no povo

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  7. Não há mais lugar para as velhas edtruturas no estado, porém é triste quando vemos um " quartel " do interior do estado caindo os pedaços, a impressão q se tem é q ainda estamos no Maranhão da primeira Republica, é urgente acabarmos com essa situação deplorável enque vive nossos gente. Um estado q conseguiu acabar com a aftosa para ganhar certificado para exportar seu rebanho ou o rebanho da oligarquia.Já pensaram nisso? É Hora de escolhermos um representante, o tempo é hoje!, PAVÃO JUNIOR é historiador, pesquisador e psicanalista.

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  8. E CAXIAS TA DE MAU A PIOR O 2 BPM NÃO RECEBEU NENHUMA VTR NOVA AS SUCATAS QUE TEM ESTÃO SEM NENHUMA CONDIÇÕES DE USO, NÃO BASTAVA A FALTA DE FARDAMENTO AGORA AS VIATURAS NÃO CHEGAM LA AS COISA TA FEIA.

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